dieta da fertilidade

Preparando-se para a gestação

AVALIAÇÃO INICIAL

A preparação do casal antes que a gravidez ocorra é tão importante quanto o próprio período de gestação. É recomendável que o preparo se inicie pelo menos três meses antes e com a responsabilidade e alegria comparadas a uma esperada viagem de aventuras que deve ser planejada com antecedência, atenção e contando com eventuais surpresas como “trovoadas”, “tempestades”, “ventanias” ou qualquer coisa que possa interferir naquilo que foi planejado. Ter boa saúde antes de decidir engravidar é quase tão interessante quanto manter um corpo saudável durante a gravidez. Alimentação inadequada, bebidas alcoólicas em excesso ou atitudes incorretas como fumar ou se expor a substâncias tóxicas podem interferir no futuro da gestação. Assim, é melhor o casal começar a agir antes de estarem grávidos. Neste planejamento é recomendável, logo de início, que o casal avalie a cobertura do plano de saúde, pois podem existir limitações que restringem alguns benefícios aos cuidados da mãe e do bebê. Isso pode ser relevante, evitando surpresas de última hora ou constrangimentos nos casos de internação.

Os cuidados antes da gestação podem fazer uma diferença positiva para a saúde do futuro bebê. O objetivo é preparar o organismo da futura gestante para a gravidez, o parto e o futuro. Estes cuidados aumentam as chances de o casal engravidar, ter uma gestação tranquila e um bebê saudável, além de ajudar na recuperação da mãe após o nascimento.

A avaliação antes da gestação é tão importante tanto para os homens como para mulheres, pois o material genético que compõe o bebê é proveniente de ambos. As orientações para os homens são praticamente as mesmas previstas para as mulheres. Os abortamentos de repetição representam um trauma na vida do casal e, por isso, devem ser vistos com seriedade, caso contrário, a alegria e expectativa positiva por um filho que é sentida nos primeiros dias do atraso menstrual torna-se em seguida frustrante, causando uma decepção imensurável. Portanto, todas as alternativas que justifiquem as causas de abortos, mesmo as pouco prováveis e não cobertas por seguros saúde, devem ser investigadas.

Infelizmente, do ponto de vista estatístico, 50% das gestações reconhecidas bioquimicamente (antes mesmo do atraso menstrual) não progridem. As causas de abortamento são variadas e podem ocorrer devido a uma estatística normal de perda, natural do ser humano e comum a todas as mulheres.

A consulta inicial deve ser feita com o ginecologista-obstetra de confiança da mulher, que fará o exame clínico e ginecológico, pedirá os exames necessários e dará as recomendações para este momento futuro. Esta avaliação é um dos passos mais importantes para ajudar o casal a se preparar para uma gravidez saudável, e deve incluir as
etapas descritas a seguir.
1-Histórico familiar: uma investigação do histórico familiar, tanto materno como paterno (ou, na falta do pai, de algum membro familiar dele), deve ser feita para que se avalie as condições médicas como pressão arterial elevada, diabetes e outras doenças que podem interferir na gravidez ou no parto.

2- Antecedentes de doenças genéticas: um estudo dos possíveis distúrbios genéticos na família que podem ser herdados, como a anemia falciforme (uma doença do sangue que ocorre principalmente em africano americanos), a doença de Tay-Sachs (um distúrbio nervoso marcado por retardo mental e físico progressivo que ocorre principalmente em indivíduos de origem europeia oriental judaica), a fibrose cística (também conhecida como mucoviscidose, que é uma doença genética causada por um distúrbio nas secreções de algumas glândulas que afeta todo o organismo, causando deficiências progressivas e, frequentemente, levando à morte prematura), além de outras desordens genéticas que podem ser detectados por testes de sangue antes da gravidez. Se houver risco para qualquer doença hereditária, esta deve ser avaliada e testes de triagem serão necessários.

3-Histórico médico pessoal do casal: é necessária uma avaliação do histórico médico pessoal do casal, principalmente da mulher, para determinar se há alguma condição médica que possa exigir cuidados especiais durante a gravidez, como epilepsia, diabetes, pressão alta, anemia, alergias, alterações da coagulação do sangue (trombofilias), além de cirurgias e gestações anteriores complicadas. Estas doenças podem exigir cuidados extras durante a gravidez e devem ser acompanhadas por especialistas antes que a gravidez ocorra.

4- Estado de vacinação: mulheres que desejam engravidar devem estar em dia com o calendário de vacinação. Uma avaliação da imunidade da mulher é importante, principalmente contra a rubéola, uma vez que contrair a doença durante a gravidez pode causar defeitos congênitos graves. Se a futura grávida não é imune, a vacina pode ser administrada pelo menos três meses antes da concepção, para fornecer imunidade. É extremamente importante que as mulheres que pretendem ter um filho tenham consciência da importância de estarem imunizadas contra doenças que poderão afetar o futuro de seus bebês e de suas gestações. Grande parte delas desconhece a importância de estar em dia com o calendário da vacinação recomendado e as sérias consequências de doenças que podem ser evitadas, para si e para o bebê, na gravidez. É importante que mulheres e casais sejam informados das recomendações
antes de engravidarem.

O ideal é que a imunização sempre ocorra antes da gestação, uma vez que muitas vacinas não podem ser aplicadas durante a gravidez. As futuras gestantes devem proteger seus bebês antes mesmo de serem planejados.

Deve-se lembrar de que, quando a mulher não estiver imunizada e já tiver dado à luz o primeiro bebê, recomenda-se que, logo após o nascimento, ainda no período chamado puerpério, ela receba as vacinas ndicadas, uma vez que estará frequentando centros de vacinação com o seu filho e provavelmente não deverá engravidar nos próximos meses.

A vacinação para mulheres que desejam engravidar está resumida na Tabela 1, publicada nos Estados Unidos ela CDC (Centers for Disease Control and Prevention) e ampliada pelo IPGO em um estudo realizado que se baseou em pesquisa bibliográfica mundial. Por essas pesquisas, recomenda-se que a imunização seja feita antes do início do tratamento de infertilidade.

Tabela 1: Imunização para mulheres adultas entre 19 e 45 anos

A - Considerar situações de risco especial.
B- Vacinas contraindicadas na gestação: em situações de exposição, pode- se utilizar imunoglobulina (imunização passiva).

Tabela 1: Imunização para mulheres adultas entre 19 e 45 anos
Imunização Agente Dose
Sarampo, Caxumba
e Rubéola
(tríplice viral)
Vacinas vivas atenuadas Uma dose, se não
houver confirmação
anterior de sorologia
negativa
(Varicela) Catapora Vacinas vivas atenuada Duas doses
Influenza (gripe) Vacinas
inativadas
Uma dose no período de
contágio máximo (inverno)
– sugestão: entre
abril e maio
Difteria – Tétano – Coqueluche
ou Pertussis (dTaP)
Vacinas
inativadas
Uma dose a cada 10
anos
Difteria –
Tétano (dT)
inativadas
Vacinas
inativadas
Uma dose a cada 10
anos
Pneumocócica Vacinas
inativadas
Dose única para pessoas
em situações especiais
de risco
Hepatite A Vacinas
inativadas
Duas doses com intervalo
de 6 meses
Hepatite B Vacinas
inativadas
Três doses com intervalo
de 1 mês entre a 1ª e
a 2ª e de 5 meses entre a
2ª e a 3ª
Meningocócica Vacinas
inativadas
Dose única para pessoas
que têm histórico de
contato
Raiva Vacinas
inativadas
Dose única para pessoas
em situações de risco
muito especiais
Febre Amarela Vacinas vivas atenuadas Para habitantes de áreas
endêmicas ou os que a
elas se dirigem

Tabela 1: Imunização para mulheres adultas entre 19 e 45 anos
Administração na gestação Puerpério Intervalo para outra gestação
Não* (B) Sim 1 mês
Não* (B) Sim 1 mês
Sim Sim Nenhum
Sim* (A) Sim Nenhum
Sim Sim Nenhum
Sim Sim Nenhum
Sim* (A) Sim Nenhum
Sim Sim Nenhum
Sim Sim Nenhum
Sim* (A) Sim Nenhum
Não* (B) Sim 1 mês

Portanto:

• A vacina em mulheres na idade reprodutiva, antes ou durante a gestação, confere a elas resistência a doenças e, ao recém-nascido, uma imunidade passiva.
• A imunização deve ser realizada preferencialmente antes dos tratamentos de infertilidade, pois algumas delas não podem ser administradas no período da gestação.
• A vacina MMR deve ser prescrita para todas as mulheres que não comprovarem imunidade à rubéola.
• A imunização para vírus influenza deve ser realizada antes, mas pode ser realizada durante a gravidez.
• Catapora, Pneumococos, Hepatite A, Hepatite B e Meningococos são indicadas em condições específicas e devem ser aplicadas antes da gestação.
• Não existem indicações de que as vacinas Pneumococos, Hepatite A, Hepatite B e Meningococos, administradas durante a gravidez, causariam complicações à gestação.

5- Avaliação das doenças infecciosas prejudiciais à saúde do bebê: as mais importantes são sífilis, hepatites A, B e C, HTLV I e II, rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus. Todas são importantes, mas chamam a atenção a toxoplasmose e citomegalovírus, por apresentarem quase nenhum sintoma nos adultos, serem mais comuns do que se imagina e por causarem danos graves e irreversíveis à saúde do bebê. O diagnóstico é feito por exames de sangue.

Toxoplasmose: as mulheres que pretendem ficar grávidas devem evitar a ingestão de carne crua ou mal cozida e ovos crus e, além disso, devem evitar qualquer contato ou exposição a fezes de animais domésticos, que podem conter um parasita chamado Toxoplasma gondii, que causa a toxoplasmose. Outras fontes de infecção incluem insetos (moscas) que tenham estado em contato com fezes de gato, e devem ser evitados durante a gravidez. A toxoplasmose pode causar uma doença grave e até mesmo a morte do feto. Uma mulher grávida pode reduzir seu risco de infecção evitando todas as fontes potenciais de infecção. Um exame de sangue antes ou durante a gravidez pode determinar se uma mulher foi exposta ao parasita. A toxoplasmose pode não ser tão prejudicial para crianças e adultos, mas pode causar no bebê defeitos congênitos, incluindo cegueira e lesões cerebrais.

Citomegalovírus (CMV): é um vírus da família do herpes. É uma doença que em geral não causa problemas sérios em pessoas saudáveis, mas no caso de contágio na gravidez (que é chamada de citomegalovirose congênita), poderá provocar parto prematuro ou causar ao bebê problemas como calcificações cerebrais, perda auditiva, retardo mental e motor ou até morte fetal. A maioria dos bebês com CMV não apresenta nenhum sintoma ao nascer, nem depois, ou seja, na maior parte dos casos a infecção é inofensiva. Os principais sinais da doença na gestação são os gânglios inflamados e a febre, mas há quem não apresente nenhum sintoma. O citomegalovírus é muito comum entre a população, sendo facilmente transmitido pelo ar através da respiração,
contato com sangue contaminado, contato sexual ou através de objetos contaminados com o vírus. O tratamento é feito com medicamentos antivirais, e o diagnóstico, através de exames de sangue e urina. A utilização de camisinha é um modo de prevenir o contágio. Uma vez contraído o vírus, este permanece no organismo até que se crie imunidade sem causar danos à saúde.

DSTs: doenças sexualmente transmissíveis (clamidia, tricomonas e outras) ou infecções do trato urinário podem ser prejudiciais para o feto e para a mãe. DSTs como gonorreia, sífilis, clamídia e AIDS podem tornar difícil para a mulher engravidar e na gestação também podem prejudicar o bebê. O melhor é que estas doenças sejam diagnosticadas e tratadas antes da gravidez.

6- Tabagismo (cigarro) e outros maus hábitos: se a mulher for fumante, nascidos de mães que fumam tendem a nascer prematuramente, têm menor peso ao nascer e são mais propensos a morrer de síndrome da morte súbita infantil (SMSI), em que crianças morrem de repente, sem causa evidente. Filhos de fumantes também podem não ir tão bem em testes de QI e seu crescimento físico pode ser mais lento. Além disso, as mulheres que frequentam locais de fumantes, com exposição ao fumo passivo, são mais propensas a ter bebês de baixo
peso. Também pode haver perigos do fumo de terceira mão – os produtos químicos, partículas e gases de tabaco que são deixados no cabelo, roupas e mobiliário. O uso de álcool, tabaco ou drogas pode prejudicar seriamente o bebê e até causar um aborto espontâneo. O uso de bebidas alcoólicas durante a gravidez pode causar a síndrome do alcoolismo fetal (FAS), que leva a defeitos congênitos, incluindo
muitos problemas mentais, crescimento lento, defeitos da face e uma cabeça muito pequena. Os médicos não sabem a quantidade de álcool que é preciso para causar FAS, por isso é importante evitar o álcool completamente durante a gravidez. O uso das drogas ilícitas como a cocaína, maconha e outras aumenta o risco de aborto, parto prematuro e malformações congênitas.

7- Uma dieta apropriada: é o assunto deste livro. Ter uma dieta equilibrada antes e durante a gravidez não só é bom para a saúde geral da mãe, mas essencial para um feto nutrido. Os detalhes são analisados neste livro.

8- Peso e exercícios físicos adequados: o ideal é que a futura gestante tenha um peso adequado antes e durante a gravidez. As mulheres que estão acima do peso podem ter uma gravidez desconfortável, além de possíveis problemas médicos como pressão alta e diabetes, e as mulheres que estão abaixo do peso podem ter bebês com baixo peso ao nascer. Quanto mais em forma ela estiver, mais fácil a gravidez e
o parto poderão ser, mas os exageros deverão ser evitados. Se ainda não tiver iniciado, poderá começar um programa de exercícios leves. Caminhar todos os dias é uma boa opção.

9- Prevenir defeitos congênitos: três meses antes, a futura grávida deverá tomar ácido fólico. São necessários 400 microgramas (0,4 mg) de ácido fólico por dia e ele pode ser encontrado em alimentos como os vegetais de folhas verdes, nozes, feijão, cereais matinais fortificados, legumes, frutas como laranjas melão e banana, grãos, leite e carnes de órgãos (como fígado de frango), além de alguns suplementos vitamínicos. O ácido fólico pode ajudar a reduzir o risco de defeitos congênitos do cérebro e da medula espinhal (também chamado de defeitos do tubo neural). Deve-se evitar a exposição ao álcool e drogas nesta fase. Mulheres que não recebem ácido fólico suficiente durante a gravidez têm mais probabilidade de ter um bebê com problemas graves no cérebro ou na medula espinhal. É importante tomar ácido fólico antes de engravidar, porque estes problemas se desenvolvem muito cedo na gravidez – apenas 3 a 4 semanas após a concepção. As vitaminas C e E também contribuem para a diminuição do risco de anomalias cromossômicas.

10- Exposição a substâncias nocivas: as mulheres grávidas devem evitar a exposição a substâncias químicas e tóxicas, como o chumbo e pesticidas, e à radiação (ou seja, raio x), pois pode ser prejudicial para o feto.

11-Identificar os efeitos dos remédios que o casal já estiver tomando: é importante que o casal tenha conhecimento de que alguns medicamentos podem interferir negativamente na gestação e por isso precisam ser evitados. Na dúvida, deverá conversar com o especialista que receitou.

EXAMES LABORATORIAIS PRÉ-CONCEPÇÃO PARA A MULHER

SANGUE

Hemograma completo: mostra se a futura mãe apresenta anemia ou dá indícios de infecção bacteriana ou viral; poderá ser repetido durante o decorrer do pré-natal, se houver necessidade. Glicemia de jejum: é um exame para o diagnóstico de diabetes. Em casos específicos, deve ser repetido durante a gestação e acompanhado da glicemia pó- prandial, hemoglobina glicada ou curva glicêmica.

Tipagem sanguínea e fator Rh (ABO-Rh): necessário para detectar o tipo de sangue, principalmente quando a gestante é Rh negativo e o esposo Rh positivo. Essa combinação exige exames de controle durante a gravidez para detectar se houve isoimunização (passagem do sangue fetal Rh positivo para mãe com “fabricação” de anticorpos). O Rh negativo, hoje, não acarreta riscos desde que haja um controle periódico pelo exame de sangue Coombs Indireto na gestação. Citomegalovírus: sorologia que indica infecção ativa ou pregressa pelo contato com o vírus.

HIV, HTLV I e II, Hepatites B e C: sorologias que determinam infecção ativa ou pregressa pelo contato com o vírus. Não era, no passado, um exame fundamental, mas, pela incidência progressiva que a cada dia essas doenças infecciosas tem apresentado, esse controle vem se tornando muito importante. O diagnóstico precoce é de importância fundamental, pois poderemos evitar não só contaminações desnecessárias como também riscos.

Rubéola: é possível detectar infecção ativa ou pregressa pelo contato com o vírus. O conhecimento da existência de anticorpos tipo IgG tranquiliza por saber que a paciente teve, no passado, contato com a doença ou foi vacinada e, portanto, não terá mais esse tipo de infecção; se tiver a doença será de uma maneira tão branda que não prejudicará o futuro bebê. Se for IgM positivo, indica que a infecção é recente, e isso, sim, será motivo de preocupação, pois significa que a doença ainda está em atividade.

Sífilis (VDRL, TPHA): indica se a paciente apresenta infecção pelo treponema pallidum ou houve infecção pregressa. A sífilis, quando não tratada na gravidez, leva a problemas gravíssimos no feto. Entretanto, se a paciente for medicada no início da gestação, o bebê não corre riscos. Toxoplasmose: é possível detectar infecção ativa ou pregressa pelo contato com o protozoário da toxoplasmose. Este, quando existente, é responsável por alterações importantes no bebê. Quando tratada habilmente e em tempo, o feto deve nascer sem problemas.

Avaliação da tireóide: a função tireoidiana é necessária para a fertilidade, a capacidade de conceber e manter uma gravidez. A função da tireóide sub-ótima pode ser um «elo perdido», especialmente para aqueles sem problemas reprodutivos específicos. Uma avaliação completa é essencial, e deve ser feita em qualquer mulher que queira engravidar, principalmente se ela vem tentando sem sucesso por mais de seis meses, teve dois ou mais abortos, tem um ciclo menstrual irregular ou histórico familiar de problemas de tireóide. Os hormônios envolvidos com a função da tireóide incluem: hormônio estimulante da tireóide (TSH), a tiroxina ( T4), a triiodotironina (T3), o T4 livre e os anticorpos antitireopexidase (ou anti-TPO) e o antitireoglobulina (ou anti-TG).

URINA

Urina I (com urocultura, se possível): determinará se está ou não ocorrendo infecção urinária, que deverá ser tratada antes da gravidez. A infecção urinária é muito comum na gestação, principalmente pelas modificações anatômicas provenientes do aumento do útero e pelas alterações hormonais próprias da gravidez. Qualquer indício de infecção acarreta a repetição deste exame.

FEZES

Parasitológico: detecta parasitas nas fezes que eventualmente causam anemia ou outras complicações às gestantes. Esses parasitas não causam problemas ao feto, mas devem ser diagnosticados e tratados na época adequada da gestação para evitar problemas à mãe.

CONTEÚDO VAGINAL (CORRIMENTO)

Embora o corrimento vaginal sem odor e de cor clara seja normal, a pesquisa da bactéria Streptococus B Hemomolítico na “secreção” vaginal pode ser muito importante. A presença desta bactéria pode levar a complicações para mãe e para o bebê no pós-parto.

EXAMES LABORATORIAIS PRÉ-CONCEPÇÃO PARA O HOMEM

SANGUE

Hemograma completo: mostra se o homem apresenta anemia ou dá indícios de infecção bacteriana ou viral.
Glicemia de jejum: é um exame para o diagnóstico de diabetes. Em casos específicos, deve ser repetido durante a gestação e acompanhado da glicemia pós-prandial ou curva glicêmica.

Tipagem sanguínea e fator Rh (ABO-Rh): necessário para detectar o tipo de sangue, principalmente quando a gestante é Rh negativo e o esposo Rh positivo. Essa combinação exige exames de controle durante a gravidez para detectar se houve isoimunização (passagem do sangue fetal Rh positivo para mãe com “fabricação” de anticorpos). O Rh negativo, hoje, não acarreta riscos desde que haja um controle periódico pelo exame de sangue Coombs Indireto. Não se deve esquecer da aplicação, na 28ª semana de gestação e logo após o parto, de uma “vacina” que iniba a formação do fator anti-Rh.

HIV, HTLV I e II e hepatites B e C: sorologia que determina infecção ativa ou pregressa pelo contato com o vírus. É um exame fundamental. O diagnóstico precoce é de extrema importância, pois se pode evitar não só contaminações desnecessárias como também riscos durante a gestação. Se não for imune, a vacinação é recomendada.

Sífilis (VDRL, TPHA): indica se o homem possui infecção pelo treponema pallidum ou se houve infecção pregressa. A sífilis, quando não tratada, leva a problemas gravíssimos para a saúde do indivíduo.

 
As informações contidas neste site têm caráter informativo e educacional e, de nenhuma forma devem ser utilizadas para auto-diagnóstico, auto-tratamento e auto-medicação. Quando houver dúvidas, um médico deverá ser consultado. Somente ele está habilitado para praticar o ato médico, conforme recomendação do CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA.